Interessante reportagem acabo de ler, fala sobre a aceitação ou não aceitação dos pais ao descobrirem que têm um filho ou filha homossexual. O endereço está abaixo:
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2011/08/13/evangelico-e-militar-pai-conta-como-encarou-a-homossexualidade-do-filho.htm
Meu pai era um poço de preconceito, quem leu meu livro talvez até se lembre de uma passagem na qual ele diz à minha mãe, referindo-se à minha pessoa: "essa raça morre cedo" e outras coisas mais que nem valem a pena serem lembradas aqui neste post. Pois bem, acabo de ler essa matéria no UOL e resolvi postar aqui para vocês o link porque é no mínimo inspirador ler a respeito destes pais iluminados que aceitam, ou pelo menos, tentam aprender como aceitar seus filhos e filhas homossexuais.
Eu posso até dizer que tive sorte porque apesar de ter um pai preconceituoso nunca dependi financeiramente dele, pelo contrário, ele é que dependia de mim. Mas isto não me fez sentir melhor quando percebi que ele me aceitava porque precisava de mim, pelo contrário, me fazia sentir mal porque ao olhá-lo sempre me vinha à lembrança o fato de que ele me engolia, mas não me amava.
Ele morreu em 16 de novembro de 2004, há 8 anos. Teve um derrame cerebral no sábado, 13 de novembro, foi para um hospital público onde foi porcamente atendido e dispensado. No domingo, se me lembro bem, piorou seu estado de saúde, ele foi internado e veio a falecer poucos dias depois. Cheguei a ir ao hospital, mas ele não quis me ver, o que para mim foi um alívio, já que não saberia o que lhe dizer. Me despi das mágoas e ressentimentos e fiquei esperando por minha mãe do lado de fora do hospital. Quando recebi a notícia do seu falecimento pedi a Deus que amparasse seu espíritio e fiz tudo que um filho poderia fazer por seu pai em se tratando dos trâmites legais, no entanto, eu não perdia um pai, um amigo, perdia somente o ex-marido de minha mãe.
Adotei em minha trajetória de vida outros pais aos quais devo toda minha admiração e agradecimento pelo carinho e amor que me dispensaram nesta vida, porque pai é quem nos dá amor, assim como mãe. Não se apeguem às convenções que a vida nos dita através dos chamados laços sanguíneos e se sintam desamparados porque este ou aquele ser disse que não lhe ama porque você nasceu com o grande "defeito" de amar pessoas que tèm o mesmo sexo que você. Ninguém em sã consciência pode deixar de amar outro alguém porque este alguém ama. Quem ama sequer deixa de amar outro alguém porque este alguém odeia outra pessoa, quem ama, ama e pronto...ao menos é assim que eu penso.
Meu nome é Anderson, tenho 53 anos na data de hoje e este blog é sobre tudo em minha vida, sobre todas as coisas sobre as quais gosto de opinar e comentar. Descobri que era soropositivo para o vírus HIV em 13/03/87, poucos dias após ter completado 20 anos de idade. À época um médico me disse que provavelmente eu teria mais 1 ou 2 anos de vida...e aqui estou a escrever neste blog mais de 30 anos após aquele dia em minha vida.
Segue, link para a série POSITIVOS
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=8mMFtVrsWKc
Muito obrigado, Daniel Sena, vou fazer um post a respeito do vídeo. Grande abraço! ;-)
ExcluirNão compreendo, nem aceito, o preconceito contra homossexuais! Por quê? Independente da orientação sexual, é tão lindo ver duas pessoas de mãos dadas, abraçadas, demonstrando carinho, amor. Um dia escutei um psicólogo no YouTube se referindo a este assunto. O filho homossexual não tem que dar suporte aos pais, mas o contrário. Achei muito interessante isto. Ao gerar um filho, os pais deveriam ter consciência de que o filho poderia ter síndrome de Down, por exemplo, nascer deficiente, ser, futuramente, ladrão, drogado, fazer Pedagogia, e não Medicina, ..., e, também, por que não, ser gay! Isto é uma realidade que deveria ser levada em consideração. A meu ver, evitaria muitas frustrações. A educação, o esclarecimento, é importante. É através dela que as pessoas se tornam melhores ou tentam. Anderson, tenho uma certa semelhança contigo. Há um bom tempo eu me mantenho financeiramente e ajudo em casa. Talvez isto ajude a me aceitarem. Mas se eu estiver certo ou não, não fará diferença. Não me importo. O mais importante é o meu desejo, o meu sentimento.
ResponderExcluirAbraços carinhosos.